sexta-feira, 24 de abril de 2009
< 369 FECHA O PORTÂO>
Notícia lamentável para a alternativade local, o bar/pico/palco da 13 maio, o 369, por motivo administrativo FECHOU suas portas. Ao conectar-me logo após o almoço na internet esta bomba preenche a frase do MSN de Glaubim Holanda, artista e ebulidor cultural que esteve por muitos meses a frente da produção do bar.
Com o mesmo consegui contato para ir direto a fonte e saber a razão desta desgraça, o telefone do João (dono) foi dado e prontamente ``contactado´´.
- Olá e boa tarde João...quem fala é Matheus Salvany... sou jornalista.
- Opa, como tá...
- Eu liguei pra confirmar uma informação sobre o fechamento do 369... confere?
- É sim cara, fechou...
- Mas qual foi o motivo? Posso saber?
- Foi administrativo...
- Algumas palavras para os órfãos do local?
- Gostaria de dizer que esse fechamento pode ser temporário... talvez daqui a uns 4 ou 5 meses o bar possa voltar.
Apesar do fio de esperança deixado, a notícia realmente abala a cena local. Perguntado sobre o que está sentindo diante do inesperado acontecimento, Glaubim Holanda foi direto; ``Na verdade ainda tô um tanto quanto pasmo, dada a importância do 369 Bar ...representado como espaço de resistência cultural na anoréxica cena da noite da capital cearense. Um espaço que particularmente tenho uma ligação profunda com a estória do lugar e de minhas exposições artísticas. Metaforizando, Fortaleza perde um "Caverna Bar"... Glaubim foi mais longe e papocou/desabafou... ``Quantos seres humanos lá respiraram esse ar... a escassez de investidores no "lado B" da produção musical cearense é fato lamentável... Reduzidos aos editais da Prefeitura de Fortaleza ou as casas de show da Praia de Iracema, ou os couverts pagos de má vontade do público da rua Norvinda Pires ?´´
O espanto é deveras apropriado, pois era quinta passada e eu estive lá, a coisa fluía como de costume, as mesas cheias, Leudo Stock e a Água Ardente comendo solta, a cerveja (como sempre) havia acabado e as pessoas continuavam dançar.
Estou de cara...
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Um comentário:
Como diria o mestre da verde e rosa Cartola, [...] o que nos resta é tão pouco, é quase nada de que ir assim,
vagando,
numa estrada perdida.
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